Associação Nacional dos Agentes de Polícia do Ministério Público

Condsef apresenta reivindicações estruturantes dos servidores federais ao governo

Brasília, 31 de Janeiro de 2024.

Secretaria de Gestão de Pessoas do MGI vai responder formalmente à pauta de reivindicações apresentadas e propor um calendário de reuniões para debater essas reivindicações estruturantes

Condsef/Fenadsef

Na manhã desta sexta-feira (26/01), a Condsef apresentou à Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), as reinvindicações estruturais dos servidores reunidas no Relatório do Grupo de Trabalho “Administração Pública e Diretrizes dos Planos de Carreira”. Confira clicando aqui

A reunião ocorreu na Sede da Confederação com a presença do Secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr, sua adjunta, Regina Coeli Moreira Camargos, e o representante da Diretoria de Carreiras e Desenvolvimento de Pessoas da pasta, Eduardo Viana Almas. Pela Condsef/Fenadsef estavam presentes o Secretário-Geral Sérgio Ronaldo da Silva, Edison Cardoni (Jurídico), Mônica Carneiro (Imprensa), Jussara Griffo (Empresas Públicas), Edilson Muniz (Movimentos Sociais) e Dra. Camilla Cândido, da Assessoria Jurídica Nacional.

O eixo da pauta apresentada pela Condsef/Fenadsef é utilizar a administração pública, o funcionalismo, as empresas estatais, ao lado das políticas sociais, como alavanca para combater a enorme desigualdade social vigente no Brasil: a pessoa mais rica possui, sozinha, uma fortuna equivalente a toda a renda da metade mais pobre da população (107 milhões de pessoas). 

Para a Condsef, não há nem nunca haverá neutralidade da máquina pública. As iniciativas institucionais para a ação do Estado, as propostas de reformas progressivas estão, inevitavelmente, em relação direta com a conjuntura política e a luta entre as classes sociais, num pano de fundo em que o Brasil tem sua economia subordinada ao capital financeiro, ao imperialismo.

Os ataques virulentos contra a retomada de investimentos da Petrobrás na refinaria Abreu e Lima e à posição do Brasil de apoiar a denúncia da África do Sul contra o genocídio sionista em Gaza confirmam que o capital financeiro não tolera que o Brasil exerça sua soberania nacional. Nesse contexto, a valorização dos serviços públicos e o fortalecimento da organização da classe trabalhadora são mais do que nunca imprescindíveis.

Esse é o sentido das reivindicações estruturais dos servidores federais, entre as quais se destacam a democratização do acesso ao serviço público; a valorização dos cargos de nível auxiliar e médio; a qualificação do sistema de cotas (raciais, gênero, sexualidade, etc.) a partir da inserção de cotas sociais que considerem o critério de renda como determinante na estrutura dos sistemas de seleção; a defesa da estabilidade no serviço público; o retorno da possibilidade de ascensão funcional; políticas que resolvam os numerosos casos de desvio de função, entre outras.

A Condsef também defende a ideia de racionalização e de simplificação do sistema de carreiras do Poder Executivo Federal, desde que ela tenha por princípio a correção das profundas distorções salariais existentes entre cargos de diferentes órgãos públicos, a permissão de mobilidade na base, o abandono do conceito de carreiras “típicas de Estado”, a implementação de um piso salarial no setor público equivalente ao salário-mínimo do Dieese e de uma relação razoável entre menor e maior salário, com o estabelecimento de um teto salarial absoluto no serviço público. 

Ganhamos as eleições, mas não ganhamos o governo

Para a bancada do governo, as propostas da entidade sindical possuem, no geral, grande coerência, mas estariam distanciadas da “realpolitik”, ou seja, das possibilidades oferecidas pela atual conjuntura. A alternativa pensada pelo MGI é trabalhar com um meio termo entre o modelo histórico tradicional defendido pelo sindicalismo e as propostas de horizontalização total da estrutura, defendidas pelos setores privados.

O Secretário da SGP confirmou que nos próximos dias publicarão uma Portaria anunciando as diretrizes gerais para a racionalização do sistema de carreiras que deverão servir de baliza para as negociações com os servidores.

A política da pasta é buscar, por aproximações sucessivas, realizar a aproximação das estruturas remuneratórias de baixo para cima para, em seguida, alterar as atribuições dos cargos de modo a torná-los mais homogêneos e permitir o movimento da transversalização. Dessa forma, setores que necessitarem de pessoal, mesmo emergencialmente, como é o caso da Funai na crise Yanomami, poderão socorrer-se de servidores de outros órgãos para executarem tarefas administrativas de apoio sem os entraves legais e burocráticos existentes atualmente.

Declarando-se também contrário ao conceito de “típicas de Estado”, o Secretário explicou que ao lado dessas carreiras transversais ou estruturantes, de suporte, que podem ser movidas de um órgão para outro, rapidamente, haveria o que chamam de “Carreiras Estratégicas Finalísticas” que exerceriam a função precípua de cada órgão ou grupo de órgãos públicos.

A Condsef agradeceu a presença do Secretário e sua equipe em nossa Sede, sua disposição de dialogar com a representação dos servidores e, ao final, ficou acertado que a SGP vai responder formalmente à pauta de reivindicações apresentadas por meio do Ofício Condsef/Fenadsef nº 268/2023 (acesse aqui), e propor um calendário de reuniões para debater essas reivindicações estruturantes da categoria.

link: Condsef

PDF anexo

Condsef/Fenadsef solicita reunião urgente no MGI sobre Reforma do Estado, Concursos Públicos e Diretrizes para os Planos de Carreira. Confira

relatorio-grupo-trabalho-administracao-publica-diretrizes-dos-planos-carreira-2a-edicao-711

Associação Nacional dos Agentes de Segurança Institucional do MPU e CNMP
Tel: (61) 99880-6957


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