Associação Nacional dos Agentes de Polícia do Ministério Público

Palestra sobre Previdência na Assembleia da AGEMPU

Patrícia Peres

Brasília, 10 de outubro de 2023.

Na última Assembleia da AGEMPU, realizada no dia 29 de setembro, a servidora pública, educadora financeira e previdência, Patrícia Peres trouxe os esclarecimentos sobre a proposta de PEC iniciada na Câmara Federal para corrigir a regra de cálculo de aposentadoria que prejudicou exclusivamente as mulheres servidoras públicas.
Patrícia detalhou que após a reforma da previdência, o artigo 26 da Emenda Constitucional 103/2019 apresentou uma disparidade no resultado do cálculo das aposentadorias entre as mulheres do Regime Próprio (servidoras públicas) e do Regime Geral da Previdência Social ( iniciativa privada). Ela demonstrou que o prejuízo de 10% que as mulheres servidoras públicas tiveram em seus cálculos de aposentadorias não aconteceu nos cálculos dos homens servidores públicos quando comparado com os homens da iniciativa privada.
A EC manteve requisitos iguais para homens e mulheres dos diferentes regimes, mas apenas para as mulheres contribuintes para o INSS é que houve a compensação do menor tempo contributivo em relação ao tempo de contribuição de um homem.
Patrícia ainda exemplificou que quando mulheres terminam os requisitos de aposentadoria com 35 anos de contribuição, a mulher contribuinte do RPPS aposentará com 90% da méda aritmética, já a mulher do RGPS, que possui os mesmos requisitos que a mulher do RPPS, aposentará com 100% da média aritmética.
A educadora previdenciária demonstrou que a EC 103 apresentou um erro material já que quando comparado aos homens, 35 anos de tempo de contribuição, os homens dos 2 regimes irão possuir 90% do cálculo da média. Portanto a mulher do RPPS, no momento da realização da média proporcional ao tempo de contribuição foi equiparado a regra de cálculo dos homens e não aos requisitos femininos como estabelecidos nos requisitos de aposentadoria.
Durante as explicações, Patrícia convocou aos participantes da AGEMPU a entrarem nesta causa, visto que para se mudar um texto constitucional será necessário a união de todas as categorias de servidores públicos do Brasil.
A Proposta de PEC foi iniciada pelo Deputado Federal Rafael Prudente e encontra-se no estágio de coletar as 171 assinaturas para que a proposta se torne de fato uma PEC.
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