SEMINÁRIO SOBRE TRABALHO ESCRAVO e conexões com o trabalho infantil

Brasília, 01 de fevereiro de 2022.

O coordenador geral da Agempu Laercio Bernardes participou do
SEMINÁRIO SOBRE TRABALHO ESCRAVO e conexões com o trabalho infantil.
 
O trabalho escravo é uma das piores formas de trabalho infantil.  Por outro lado, o trabalho infantil é uma das principais portas de entrada para o trabalho escravo.
 
A Rede Peteca promove o presente Seminário, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, com o objetivo de aprofundar o debate sobre esses temas,  e construir  estratégias e propostas de ações de prevenção e combate a essas violações de direitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entidades parceiras
 
link do evento:
 
 
 
Falar sobre trabalho escravo e trabalho infantil em cadeias produtivas, é falar sobre as mesmas bases estruturais que não apenas ampliam a vulnerabilidade e o risco de certos grupos a serem submetidos à exploração, como interligam essas realidades. 
 
Vamos entender um pouco mais o que isso significa?
 
A pobreza, a desigualdade, o racismo, o desemprego, a redução de renda – principalmente de mães, que tendem a ser as primeiras a perderem seus empregos em épocas de crise; a falta de oportunidades e de acesso, são alguns dos fatores socioeconômicos, demográficos e estruturais que podem influenciar direta ou indiretamente no risco de violação de direitos humanos e na probabilidade de um grupo estar mais ou menos vulnerável ao trabalho análogo à escravidão.
 
Em regiões marcadas pela exclusão e falta de acesso a políticas fundamentais, muitas famílias são impedidas de mudar sua condição de vida, colocando não apenas adultos em condições precárias, como crianças e adolescentes.
 
O trabalho infantil incorre em riscos físicos, emocionais e mentais, que comprometem o desenvolvimento, a educação e o acesso aos direitos mais básicos, limitando oportunidades futuras. Tudo isso leva ao que chamamos de ciclo intergeracional de pobreza e trabalho infantil.
 
Um cenário de pobreza, desigualdade e desestruturação familiar, potencializado pela falta de políticas públicas de proteção social e de Direitos Humanos, pode colocar em risco o presente e futuro de pais e filhos. Significa dizer que, pais ou responsáveis submetidos a trabalho análogo ao de escravo, impossibilitados de quebrar um ciclo de miséria, possuem menos condições de proteger a infância e garantir oportunidades futuras para as crianças.
 
Ao mesmo tempo, pesquisas mostram que o trabalho infantil como opção de subsistência para melhorar a realidade da família leva, na verdade, ao agravamento da situação. O baixo rendimento, quando não ao abandono completo do ambiente escolar e o analfabetismo, acentua ainda mais a exclusão social e profissional desses jovens, reforçando o ciclo de vulnerabilidade.
 
Jovens em contextos de vulnerabilidade como estes desde a infância, podem ter poucas oportunidades de escolha e desenvolvimento; além, é claro, daqueles que crescem envolvidos em relações de exploração e acabam por naturalizá-la. Tudo isso aumenta a possibilidade de que uma criança exposta ao trabalho infantil hoje, se torne um adulto em situação análoga a de escravo no futuro.
 

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