Brasília, 03 de agosto de 2021.
Milhares de servidoras e servidores públicos federais, estaduais e municipais se reuniram no Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público, nos dias 29 e 30 de julho, para discutir os impactos da Reforma Administrativa e preparar um Plano Nacional de Mobilização para o próximo período. O encontro ocorreu no formato virtual, em decorrência da pandemia da Covid-19.
Na quinta-feira (29), aconteceu a abertura do encontro, que contou com a participação de dezenas de representantes das centrais sindicais, entidades, frentes e, ainda, de parlamentares e dirigentes partidários. A live foi transmitida pelas redes sociais da página “Contra a PEC 32”.
Ao todo, foram inscritos 4.448 participantes, sendo 43% de servidoras e servidores municipais, 29% estaduais, 24% federais e 4% de outras categorias. O evento registrou inscrições em todos os 26 estados brasileiros e também no Distrito Federal. Para as entidades organizadoras do evento, que congregam os trabalhadores do funcionalismo público, o grande número de inscritos demonstrou a força de mobilização contra a Reforma Administrativa, prevista na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32.
Na sexta (30), o encontro teve início pela manhã com a plenária de abertura, que contou com a Agempu.
O encontro começou de forma vitoriosa, por reunir tantos servidores e servidoras contra a PEC 32.
Para o coordenador-geral da AGEMPU Laercio Bernardes, é de suma importância a disputa de narrativa sobre as reais intenções da Reforma Administrativa e a conscientização da população acerca das suas consequências. “As justificativas dadas para a aprovação da PEC 32, de que irá acabar com os privilégios dos servidores públicos e que a crise do Estado é culpa dos servidores públicos, é um jeito de dividir a classe trabalhadora e isolar os servidores. Precisamos combater essa ideia, pois a PEC 32, se aprovada, irá acabar com unidades básicas de saúde, creches, escolas e universidade públicas, atingindo o conjunto da classe trabalhadora, que necessita desses serviços. Portanto, essa é uma luta da classe trabalhadora e precisa ser enfrentada por todas e todos no nosso país”.
Ainda na parte da manhã, os participantes se dividiram em grupos de debate e, depois, puderam se informar mais sobre a pauta com as palestras de Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida, e de Fausto Augusto Júnior, coordenador-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Mobilização
O encontro aprovou mobilização dos servidores públicos para o dia 18 de agosto, com a realização de um dia de luta da classe trabalhadora.
“A luta contra a PEC 32 não se encerra hoje. Ela é apenas um começo para um novo patamar de lutas contra a PEC 32 no país, com as mobilizações dos servidores das três esferas e, também, com uma ampla mobilização da classe trabalhadora” afirma o coordenador Laercio.
O manifesto final do encontro traz diversos pontos do que está em jogo com a Reforma Administrativa e como ela impactará a vida dos servidores públicos do Brasil. Para ler o manifesto na íntegra, clique aqui.
https://auditoriacidada.org.br/