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TRT tenta acordo para fim da greve dos terceirizados

image_mini (42)Patrões e empregados das empresas de serviço de limpeza estão dispostos a negociar hoje no TRT. Lixo está acumulado há cinco dias

A paralisação dos servidores terceirizados de limpeza que trabalham na Rodoviária, na Rodoferroviária, em tribunais, delegacias e hospitais pode acabar hoje depois de cinco dias de muito lixo acumulado. Às 11h, patrões e empregados irão sentar para negociar, na audiência de conciliação do Ministério Público, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Tudo está sinalizando para o fim da greve”, analisa o advogado patronal Dalmo Rogério Souza de Albuquerque. “Nossa intenção é fazer um acordo”, garante o representante do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (Seac).

Os patrões oferecem um reajuste de 8,20% no salário e o aumento para R$ 7 do valor diário do vale-alimentação. De acordo com a presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Serviços Terceirizados (Sindserviços), Maria Isabel Caetano dos Reis, a remuneração da categoria é de R$ 456 mensais, menos do que o salário mínimo (R$ 465) e o valor do vale é de R$ 6. Após os descontos da Previdência Social e da contrapartida do vale transporte, o salário líquido cai para R$ 395.

A adesão na greve é de 10 mil dos 30 mil servidores terceirizados do Governo do Distrito Federal (GDF). No primeiro dia, o aumento salarial pretendido era de 30%. O percentual caiu para 12% após uma assembleia na última quinta-feira. “Para o vale-refeição, queremos que suba de R$ 6,25 para R$ 10”, observa Isabel. Caso a oferta dos patrões seja aceita, o salário bruto subirá para R$ 493.

Sujeira
Ontem, mais uma vez, o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral, ficou fechado. A direção do local alega que não tem como abrir as portas sem o serviço de manutenção. Mas o fechamento de uma das principais opções de lazer da capital foi o menor dos problemas. Chão sujo, lixeiras transbordando, moscas e cheiro forte incomodaram quem passou pela Rodoviária do Plano Piloto, por exemplo.

A paralisação dos servidores começou na noite de quarta. Desde então, o local não recebeu trabalhadores do asseio. Banheiro e chão sujos também incomodam quem passa pela Rodoferroviária.

Locais como delegacias, hospitais públicos e fóruns foram afetados com a paralisação de serviços, como manutenção e limpeza, mas não foram fechados. “Deixamos sempre pelo menos 30% da categoria nesses locais para não prejudicar o atendimento”, explicou Isabel. O GDF optou por não interferir nas negociações. Só advertiu às empresas para que busquem uma solução rápida.

Caso isso não aconteça, de acordo com a assessoria de imprensa do governo, os contratos com empresas terceirizadas podem ser desfeitos. Para garantir serviços básicos, como o atendimento em hospitais, foram convocados funcionários do Serviço de Limpeza Urbana.

CorreioWeb
Publicação: 06/04/2009

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